domingo, 30 de outubro de 2011

Dor

E então, você põe a mão na cabeça e se pergunta: "-O que está acontecendo, meu Deus?"
Não é a primeira vez que a sensação de frio toma conta do seu estômago, e provavelmente não será a última, mas de alguma forma, dessa vez é especial. Mas não dá, não, não pode ser, repito para mim mesma e me forço a acreditar nessa realidade projetada, onde as dores de amor não passam de ilusões, sem danos reais. 

E então, novamente me chegas e passas a fazer parte tão intimamente da minha vida como se fosse tua, me deixando à beira de um precipício, derramando lágrimas, sonhos, dores e mais dores...
...e então voltas e me acolhes em teus braços fortes, fazendo com que a dependência entre nós se acentue, me tornando uma pessoa incapaz de lutar por um amor que não me pertence mais, a quem foi só ferida, ferida que não cura e nunca mais será curada. E então, me forço a acreditar que esse precipício um dia acabará e que eu chegarei ao chão, morta, dependente, desprovida dos sonhos que arrancastes de mim tão cruelmente."

Por: Indira Nóbrega

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